segunda-feira, 18 de maio de 2009

Projeto para Reator Multipropósito Brasileiro


Projeto


Setor Nuclear Investe em Projeto de Reator de Pesquisas Brasileiro


01 de Setembro de 2008


Com a importância do uso dos radioisótopos nas áreas de saúde, indústria, agricultura, pesquisa, entre outras, os reatores nucleares de pesquisa se tornam essenciais. Com a retomada do programa nuclear, instalações desse tipo dão suporte a diversos desenvolvimentos em física de reatores, materiais, formação de recursos humanos. A CNEN e seus institutos investem no projeto de concepção de um novo reator de pesquisas.


Marcello Vitório/Fullpress


Grupos técnicos foram formados e o projeto foi entregue
ao ministro de C&T Sergio Machado Rezende



O Programa Nuclear Brasileiro traz desafios e oportunidades em áreas estratégicas para o país. Além da geração de energia, muitas outras como saúde, indústria e meio ambiente serão beneficiadas com os avanços no campo das pesquisas nucleares, de acordo com José Augusto Perrotta, diretor de Projetos Especiais do Ipen, em São Paulo. Aproveitando os objetivos estraté-gicos e ações propostas no Plano de Ações de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI 2007-2010) do Ministério da Ciência e Tecnologia, profissionais do setor se reuniram no Ipen nos meses de setembro e outubro para elaborar o escopo preliminar do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

O objetivo do projeto é conceber, projetar, licenciar e comissionar (ou seja, colocar em funcionamento) um reator nuclear de pesquisas que servirá a múltiplas aplicações. Foram oito grupos técnicos para elaborar o escopo do projeto do reator, voltado à produção de radioisótopos para aplicação na saúde, indústria e meio ambiente, além de testes de irradiação de combustíveis nucleares avançados, irradiação e teste de materiais, realização de pesquisas científicas em física nuclear e aplica-ção técnica de feixes de nêutrons. Várias áreas do conhecimento podem ser desenvolvidas utilizando-se a instalação.

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) Odair Dias Gonçalves participou da reunião de abertura do projeto, em setembro, junto com o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão, Marcos Nogueira Martins. A coordenação executiva do projeto é do assessor da diretoria da CNEN, Isaac Obadia.

E. R. Paiva

A Reunião de abertura do projeto do RMB ocorreu no mês
de setembro, no IPEN, em São Paulo. Foram formados nove
grupos de trabalho para montar o escopo do projeto, que,
depois de aprovado pelo presidente da CNEN, foi entregue
ao ministro da C&T Sergio Rezende.


Perrotta, coordenador técnico do projeto RMB, explica que a contribuição é decisiva para os objetivos estratégicos do país. O avanço da utilização dos radioisótopos em medicina nuclear é uma das áreas que requer um reator nuclear. Na instalação ocorrem irradiações que geram os radioisótopos, matéria-prima que depois de processada no Centro de Radiofarmácia se transformará nos radiofármacos distribuídos às clínicas e hospitais em todo o país.

A estimativa de custos, baseada em projetos similares no mundo, é da ordem US$400 milhões a US$500 milhões. Por ser um projeto de reator multipropósito e possuir várias instalações associadas, será um reator de referência no país.

O trabalho dos oito grupos rendeu dois volumes, um deles contendo os relatórios, outro as apresentações. Um relatório técnico e um relatório executivo foram entregues ao presidente da CNEN para envio ao Ministro da C&T, que está analisando o documento e, no caso de ser aprovado, deve ser encaminhado ao Comitê Interministerial para o Programa Nuclear Brasileiro.

De acordo com Perrota, a partir da aprovação e liberação de recursos, o tempo para o reator iniciar sua operação é de cinco anos. Segundo ele, os profissionais foram competentes no desenvolvimento do estudo do escopo do projeto, realizado por especialistas dos institutos da CNEN e do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTM-SP) nas áreas de produção de radiofármacos, operação de reatores, aplicações, engenharia de reatores, fabricação de combustíveis, licenciamento, rejeitos e instalações suporte.

Para divulgar o projeto, que tem caráter institucional para a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o coordenador tem ministrado palestras para diferentes centros de pesquisa no Ipen, nos outros institutos ligados à CNEN e em instituições atuantes em pesquisa na área nuclear. “Queremos disseminar as informações e contar com todas as colaborações e competências possíveis”. A fórmula, explica, foi reunir essas competências e promover um contato estreito entre os diversos grupos da área nuclear. Futuros usuários da instalação - universidades e centros de pesquisa - também foram ouvidos nessa fase preliminar.

O grupo técnico está convencido de que é preciso usar a competência da indústria nacional em tudo o que for possível mas também se deve buscar as competências interna-cionais quando necessário. Um projeto como este é considerado um projeto de arraste da área nuclear. “É uma semente para os próximos anos”.

O superintendente do Ipen, Nilson Dias Vieira, lembra que atualmente o país possui quatro reatores de pesquisa em operação, sendo que apenas o IEA-R1, do instituto, possui capacidade de produção de radioisótopos e irradiação de materiais, embora limitada. A perspectiva de operação do IEA-R1 é de mais dez anos de operação. Em 2008, o reator completou 51 anos de funcionamento. Várias atividades deixarão de existir sem a entrada em operação de um novo reator.

A área de medicina nuclear, que hoje contabiliza três milhões de procedimentos médicos por ano, seria fortemente afetada.

Segundo especialistas, o RMB terá forte impacto na pesquisa, desenvolvimento e formação de recursos humanos no país.

Experiência

Os institutos de pesquisa da CNEN possuem experiência em projeto, construção, montagem, licenciamento, comissionamento e operação de reatores de pesquisa. Há vinte anos, por exemplo, o Ipen opera o reator Ipen/MB-01, projeto inteiramente nacional, conduzido em parceria com a Marinha do Brasil. O aumento da potência de 2 para 5 megawatts do IEA-R1 foi outro projeto desenvolvido no instituto. O Labgene, reator protótipo em terra do submarino nuclear brasileiro, teve seu projeto desenvolvido pela Marinha em cooperação com a CNEN, por meio do Ipen. Outros projetos de reatores de pesquisa foram concebidos no país, embora não tenham sido continuados.

O Brasil detém tecnologia própria de fabricação de elementos combustíveis para reatores de pesquisa. Para o IEA-R1 já foram fabricados mais de setenta combustíveis. A capacidade de formação de recursos humanos na área nuclear no nível de pós-graduação é outra vantagem apontada pelos especialistas.

Entre os radioisótopos propostos para produção no RMB constam alguns destinados à fabricação de radiofármacos injetáveis, outros para braquiterapia (terapia de tumores a curta distância), além daqueles empregados pela indústria e para aplicações ambientais como traçadores. Entre os destinados à utilização na área de saúde, o molibdênio-99 e o iodo-131 seriam prioritários, mas outros nove estão listados no estudo.

Os especialistas estimaram uma potência entre 20 e 50 megawatts para o novo reator. Foram propostas instalações que facilitariam pesquisas utilizando-se aplicações de feixe de nêutrons, que atualmente são pouco praticadas no país, devido ao baixo fluxo de nêutrons dos reatores de pesquisa hoje existentes. Para cada equipamento ou experimento associado foi calculado o custo, com base em instalações hoje existentes.

Serviram como modelo de referência para o estudo os reatores Osíris e Júlio Horowitz, da França, assim como o OPAL, projetado pela Argentina e construído na Austrália. Até mesmo o pessoal técnico necessário à operação do RMB foi estimado. Os requisitos básicos para escolha do local onde será instalado o reator também foram delineados.

Perrotta destaca, com orgulho, que os grupos de trabalho foram constituídos por profissionais de alto nível técnico, muitos deles doutores com mais de vinte anos de experiência na área nuclear, bem como mestres, engenheiros e técnicos que atuaram nos programas e projetos nucleares da CNEN e da Marinha.


Fonte: Jornal Órbita - Ano VIII Número 48 Setembro / Outubro de 2008

Um comentário:

  1. Prezados;

    Meu nome é JOSÉ BONIFÁCIO SANTOS, sou doutor pioneiro em ALQUIMIA ELEMENTAR CÓSMICA AVANÇADA, HFÍSICA AVANÇADA, COSMOLOGIA AVANÇADA, FÍSICA QUÂNTICA AVANÇADA, FILOSOFIA AVANÇADA: E CRIACIONISMO ENERGÉTICO INFINITO.

    Como MÚLTIPLO CIENTISTA ENERGÉTICO AVANÇADO, venho desenvolvendo ESTUDOS, PESQUISAS E CENTENAS DE DESCOBERTAS CIENTÍFICAS AVANÇADAS, dentre as quais destaco:

    Que o que chamam erradamente de UNIVERSO, pois MACRO SISTEMA ENERGÉTICO ATÔMICO, é:

    Funciona de forma INTERLIGADA ENERGETICAMENTE, não por primitivos sistemas de fios, mas por intermédio de PULSOS ELETROMAGNÉTICOS, infinitamente mais avançados do que conhecemos: como WI-FI:

    Que o que chamam primitivamente de SOL, na verdade é o DISTRIBUIDOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR:

    Que o que chamam primitivamente de SISTEMA SOLAR, na verdade é MACRO MODELO ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR:

    VERDADEIRA CAUSA DO AQUECIMENTO GLOBAL

    No NÚCLEO do DISTRIBUIDOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR que chamam primitivamente de SOL: existe um TRANSFOMADOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR: que recebe a energia emitida pela GALÁXIA, transforma e reduz essa energia, repassando-a também através de PULSOS ELETROMAGNÉTICOS para o TRANSFORMADOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR, que fica no CENTRO: do nosso PLANETA.

    TRANSFORMADOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR, que fica no CENTRO DO NOSSO PLANETA, por emitir ONDAS DE CALOR em ALTAS TEMPERATURAS, de dentro para fora: é chamado erradamente pelos das ciências não avançadas: como NÚCLEO DE FOGO.

    Como o DISTRIBUIDOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR chamado primitivamente de SOL, encontra-se em MAIORES ATIVIDADES:

    Vem colocando também em MAIORES ATIVIDADES o TRANSFORMADOR ENERGÉTICO ATÔMICO TERMONUCLEAR que fica no CENTRO do nosso PLANETA, aquecendo-o um pouco mais: e causando o AQUECIMENTO GLOBAL.

    TRANSFORMANDO A ÁGUA SÓLIDA DAS CALOTAS POLARES E GELEIRAS, EM ÁGUA LÍQUIDA: e ÁGUA LÍQUIDA em VAPOR DE ÁGUA: causando o EFEITO ESTUFA.

    ESTUDOS, PESQUISAS E DESCOBERTAS CIENTÍFICAS, efetuadas sem apoio algum de órgãos governamentais ou privados: do BRASIL e do MUNDO.

    Como esgotaram-se os poucos recursos que eu dispunha, e agora desejo desenvolver IDEIAS e INVENTOS, TECNOLOGICAMENTE AVANÇADOS:

    Gostaria de saber se vocês conhecem alguém, que queira investir em INVENÇÕES TECNOLÓGICAS, mais ESTUDOS, PESQUISAS, E DESCOBERTAS CIENTÍFICAS?

    Para conhecer outras DESCOBERTAS CIENTÍFICAS AVANÇADAS que fiz, exceto as que não pude disponibilizar, para conhecimento público:

    Gentileza acessar meu site http://descobertascientificasavancadas.blogspot.com/

    Ler também os comentários efetuados: pelos leitores do SITE.

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    Atenciosamente,

    José Bonifácio Santos
    E-Mail: josebonifacioboni@yahoo.com.br

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